machim (lenda de)
Texto narrativo que descreve a viagem, o desembarque e a permanência de Machim na ilha da Madeira, ainda antes do seu descobrimento por Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco, em 1419.
Este herói fundador, de nome próprio Roberto, que na maioria dos textos é de nacionalidade inglesa, embora lhe seja também atribuída ascendência francesa ou até mesmo biscainha, apaixonou-se por uma mulher de alta linhagem, também inglesa, apresentada, na maior parte das vezes, como Ana de Arfet, ou simplesmente amante ou manceba, cujos pais proibiam a relação entre ambos, levando-os a fugirem de Bristol para poderem viver o seu amor.
Entre comerciante, marinheiro ou um simples aventureiro, Machim é, na maior parte dos relatos, um desconhecedor das lides do mar que pretendia chegar às costas de frança, ou então, noutras variantes, ir até Espanha, com a sua amada, numa viagem de barco com ele próprio ao leme. Mas uma tempestade surpreende-os em pleno mar e a inexperiência dos marinheiros acabaria por levar o grupo de navegantes até à ilha da Madeira, o que faz de Machim o seu primeiro descobridor. Ali terá desembarcado, numa baía a que deu o nome de Machico, defendem alguns que por influência do seu próprio nome, permanecendo um número variável de dias na Ilha, atendendo às variantes da história.
Em quase todas as versões da lenda os protagonistas notaram que a terra onde desembarcaram não era habitada, ainda assim não se coibiram de alguma deambulação por entre a muita vegetação, surpreendendo-se, de resto, com a sua beleza natural. Este porto de abrigo, depois de um número variável de dias à deriva, mostrou-se paradisíaco, um verdadeiro locus amœnus, sendo apresentado, em muitos dos relatos, como local aprazível, com abundância de água fresca e de alimento, sem animais ferozes, revelando-se o local ideal para retemperar forças.
Mas, enquanto permaneciam em terra firme, eis que, de novo, uma forte tempestade vai arrastar para Marrocos o barco em que chegaram. Ao dar-se conta de que a nau tinha partido, levada pela força das ondas e do vento, Ana de Arfet, imaginando-se desterrada neste lugar, pasmou e não mais falou, acabando por morrer três dias depois. Machim enterra a sua amada e na cabeceira da sua sepultura coloca uma cruz de madeira e uma lápide onde deixou escrito toda a sua ventura. Nessa mesma lápide pedia aos cristãos que ali chegassem que tratassem de edificar uma igreja de invocação a Jesus Cristo. Posto isto, não encontrando motivos para continuar vivo, o jovem acaba por se deixar morrer, e depressa temos o espaço idílico a transformar-se num espaço trágico, com a materialização na morte dos amantes. Esta é a versão mais divulgada e, consequentemente, a mais conhecida, embora, subsistam, também, alguns textos em que nos é apresentado um Machim empreendedor e lutador, que, depois da morte da amada, consegue construir um barco com grandes troncos existentes na Ilha (só ou com a ajuda dos seus companheiros, consoante as versões) e rumar, também ele, até Marrocos, onde irá encontrar alguns portugueses a quem contaria a sua desventura, dando-lhes pistas para que pudessem, eles mesmos, chegar à Madeira e afirmar-se como descobridores desta Ilha.
Todo o episódio tem na sua base uma natureza oral, a qual é, de resto, repescada por alguns autores na ânsia de uma legitimação da sua autenticidade. O certo é que, ao longo dos tempos, esta narrativa conheceu diferentes versões escritas, em parte determinadas pelas circunstâncias históricas, pelo género ou pela escola literária em que se filiavam os seus autores, surgido em diferentes formas textuais, desde o drama à poesia, esta última tanto na lírica, como épica.
Independentemente da versão, Machim é a figura central da narração, assumindo-se como o hipotético herói fundador que terá chegado à Madeira muito antes dos navegadores portugueses, associando-se frequentemente o topónimo Machico ao epónimo heroico. Pouco se sabe da sua tradição oral, apenas que terá circulado desde os primórdios do povoamento da Ilha. Quanto ao primeiro texto conhecido em que é abordada esta narrativa data de finais do séc. XV. Trata-se da Relação de Francisco do ALCOFORADO (que terá sido escrita no século XV, nunca antes de 1480), da qual se conhecem algumas versões traduzidas desde o século XVII, embora tenha tido uma maior divulgação na segunda metade do século XX, com a descoberta do Manuscrito de Vila Viçosa. Este texto aponta como fonte o relato escrito de um dos companheiros de João Gonçalves Zarco. A este texto, muitos outros se seguiram, coexistindo alguns, dando origem a pelo menos duas grandes versões da lenda, onde se podem agrupar perto de três dezenas de autores, nacionais e estrangeiros, que não dispensaram uma abordagem deste episódio nos relatos históricos que teceram sobre a Madeira.
Ora, consoante o percurso que é traçado e atribuído a Machim, temos, então, uma tradição tendencialmente castelhana e outra marcadamente portuguesa. A grande diferença assenta no facto de aquela dar primazia aos Castelhanos no descobrimento da Ilha, ou ao conhecimento do caminho para ali chegar (Machim informa o rei castelhano de como poderá chegar à ilha da Madeira, embora ele não mostre qualquer interesse nessa informação, acabando a descoberta por ficar na esfera dos portugueses). A segunda versão, por conseguinte, dá primazia aos portugueses, através de João Gonçalves Zarco, sendo as orientações para lá chegar facultadas por João de Amores, um experiente piloto castelhano.
Estas duas versões do mesmo episódio são bastante diferentes entre si, ou até mesmo contraditórias, e, por vezes, até se anulam. A versão portuguesa é veiculada por Francisco do ALCOFORADO, vindo depois a ser seguida por Jerónimo Dias LEITE (no Descobrimento da Ilha da Madeira, cujo original foi publicado por volta de 1590), por Gaspar FRUTUOSO (no Livro II, que é parte integrante de um conjunto de seis livros que compõem as Saudades da Terra, todos eles escritos entre 1583 e 1590), por Manuel TOMÁS (na primeira edição da Insulana, que veio a público em 1635), por D. Francisco Manuel de MELO (na Epanáfora Amorosa, que teve a sua primeira edição em 1660, inserida nas Epanáforas de Vária História Portuguesa), por Francisco Medina e VASCONCELOS (na epopeia Zargueida, publicada em 1806), por Henrique Henriques de NORONHA (nas suas Memórias Seculares e Eclesiásticas, trazidas a público em 1722), pelo inglês Terence Mahon HUHGES (em The Ocean Flower, publicado em 1845), por James BIRD (em Machin, or the Discovery of Madeira, publicado em Londres, em 1821), por Richard Henry MAJOR (no The life of Prince Henry of Portugal, publicado em 1868) ou por Cabral do NASCIMENTO (num dos seus poemas, intitulado «Além Mar», que veio a público em 2003), entre outros.
Por oposição, a versão castelhana é a que integra o manuscrito de Valentim FERNANDES (no seu Códice, publicado em 1508), e que, por sua vez, viria a ser usada por António GALVÃO (no Tratado dos Descobrimentos publicado, pela primeira vez, em 1563), ainda que de forma muito abreviada. A estas duas, podemos juntar uma terceira: a difundida pelo Conde Giulio LANDI (na sua La descrittione de l'isola da la Madera, de 1574), no texto que resultou da sua visita à ilha da Madeira.
À parte estas duas (ou três) versões principais, outras interpretações do episódio foram originando aquelas a que chamamos as versões secundárias, que, filiando-se numa das anteriores, apresentam breves modificações que nos levam, muitas vezes, a fazer uma assimilação diferente de todo o episódio. Se nos centramos nos textos que mais se distanciam da versão portuguesa, vamos notar que no Códice de Valentim FERNANDES temos um herói que foge aos traços das teorias mais comuns deste enredo. Trata-se de um cavaleiro inglês que foge da sua pátria, não por estar envolvido numa relação amorosa contrariada pelos pais da amada, mas sim porque cometeu um qualquer delito não especificado. Ora, aqui não temos a pujança do enredo amoroso que tanto deliciou os poetas ou que deu algum colorido aos esbatidos e acinzentados relatos que se conhecem dos primeiros anos da história da Madeira.
Ainda que o topos da fuga esteja presente, não sabemos qual a sua causa verdadeira, nem tão pouco encontramos um Machim aterrorizado pelo medo de perseguição, como aquele que nos é apresentado em alguns relatos que subjugam todo o enredo à relação amorosa de Machim com Ana de Arfet. Mas há ainda outros aspetos a realçar: a embarcação em que parte de Inglaterra não foi roubada, mas sim comprada; a viagem foi preparada ao pormenor, lendo-se nas entrelinhas que Machim ou algum dos seus companheiros percebiam das lides do mar, ao contrário do que é difundido pela maioria dos textos; além disso, vai para Espanha e não para frança. E a importância dada à mulher que acompanha Machim é mínima.
É na mesma linha de interpretação que nos surge o Tratado dos Descobrimentos, de António GALVÃO, em que o herói continua a ter um papel mais ativo. É ele, por exemplo, quem constrói o templo em honra do senhor Bom Jesus, dedicando-o à sua amada, no momento em que a sepulta. Reportando os géneros distintos, as diferentes versões, regra geral, tendem a dar um maior relevo à situação de desterro do jovem casal na ilha da Madeira, e consequente morte por amor, do que propriamente ao lugar descoberto, com a posse da terra a ser legada para segundo plano. Ainda assim, é indiscutível a ligação desta lenda à formação da identidade insular madeirense, com o consequente enriquecimento do seu imaginário, ganhando Machim traços de um herói fundador e o seu episódio os contornos de uma narrativa fundacional, servindo, pois, esta lenda como elemento legitimador da posse e ocupação da terra, através da associação desta personagem com os primeiros portugueses a chegar à Madeira e a povoá-la.
Estamos, pois, perante um herói que, no seu conjunto, respeita as diretrizes que normalmente se atribuem a uma figura desta natureza, ainda que por muitos a sua historicidade seja posta em causa. Embora não seja uma figura densa, o certo é que dela nasceram interpretações se não múltiplas, pelo menos díspares, que, sem se anularem integralmente, contêm elementos que se complementam, num processo inesgotável que se insere na interpretação e descodificação de um momento tão importante como foi o dos Descobrimentos Portugueses e o desbravar do Oceano Atlântico.
Ora, Machim não pode deixar de ser olhado como uma figura arquetípica, que resulta da união de um conjunto de atributos que o levam a ultrapassar, de forma sui generis, os obstáculos que lhe são colocados. Enquanto herói fundador, é um ser construído historicamente com um propósito determinado: clarificar o período inicial da história da Ilha da Madeira que permanece por explicar.
Muitos dos motivos diferenciadores são introduzidos pelos vários autores nos diferentes períodos de composição de cada um dos relatos com o intuito de se conseguir uma mais fácil atualização da lenda, harmonizando a figura de Machim quer com a exigência épica do feito que lhe é atribuído, quer com a figura de João Gonçalves Zarco. Torna-se inegável o facto de Machim apresentar marcas ou traços acionais que o distinguem das demais personagens do enredo. Não havendo referência clara ao seu fatum, deduz-se que lhe foi atribuído por uma qualquer entidade ou força superior o papel de amante sofrido que há de morrer de e por amor, não sem antes ganhar o epíteto de banido e de encontrar na Madeira um porto de abrigo ou novo ponto de partida para uma hipotética felicidade.
Esta lenda apresenta-se, pois, como uma história de amor que não teve um final feliz, ainda que os amantes tivessem usado todas as suas forças para derrubarem todos os obstáculos que se colocaram entre eles. A hybris de Machim foi ter transgredido a ordem natural do seu universo, no qual há separação de classes, não deixa margem para o extravasar das imposições sociais rígidas e pré-estabelecidas pela sociedade da época.
Tal como aconteceu com tantas outras lendas fundacionais, também a lenda de Machim foi objeto de múltiplas interpretações, reformulações e até mesmo manipulações ao longo dos tempos, ajustando-a, assim, quer aos interesses políticos de Portugal e de Castela, quer às diretrizes estruturais e literárias das diferentes épocas. Por conseguinte, a falta de uniformidade no tratamento e descrição da figura de Machim poderá ser resultante dessa mesma coexistência de versões distintas e do processo de assimilação de textos independentes, por vezes díspares, bem como pela manipulação dos vários autores.
E à medida que se distancia da sua génese, o episódio de Machim foi sofrendo muitas transformações, ganhando contornos que, muitas vezes, se contradizem. Entre cortes e acrescentos, o relato fidedigno do acontecimento que lhe serviu de base, e que provavelmente não terá chegado até à atualidade ou até nem terá sido escrito, foi conhecendo formas que depressa ganharam autonomia, percorrendo, elas próprias, caminhos díspares e originando outros tantos relatos delas derivados. Disseminado pelos textos que o sustentam, o enredo não é único, é antes multiforme. A ação das personagens resume-se em poucas palavras. Machim assume o centro da narrativa, transformando-se no eixo em torno do qual gira toda a ação e em função do qual se organiza toda a dinâmica temporal dos relatos.
Ainda assim, em cada relato encontramos elementos, interpretados como topoi literários, que são apresentados quase sempre pela mesma ordem e que conferem uma consistência suficiente para podermos dizer que a lenda de Machim se baseia num episódio com conteúdo e com expressão independentes. De entre eles temos, por exemplo, a fuga de barco, a navegação à deriva, a tempestade, a beleza natural da Ilha da Madeira, a morte de Ana de Arfet e de Machim, entre outros. As bases que foram lançadas pela Cultura oral, como de resto muito bem aponta João David Pinto CORREIA (1993), acabaram sendo assimiladas por uma tradição literária que pretendia preencher as lacunas que a História não conseguia colmatar, socorrendo-se desses argumentos para dar algum colorido amoroso a um desbotado descobrimento que as exigências patrióticas veiculavam.
Ainda que longe da extravagância que se reconhece às novelas de cavalaria, já que a presença do fantástico na lenda de Machim é pouco significativa, não podemos, todavia, deixar de incluir o episódio de Machim no seguimento dos ideais propostos pelos heróis do ciclo bretão ou arturiano, encontrando o seu paralelo com a relação amorosa de Tristão e Isolda. Ora, se na história deste jovem casal os namorados se apaixonam após um encontro fugaz e inusitado, com os amantes ingleses que, comummente, se associam ao descobrimento da ilha da Madeira temos um caso amoroso em tudo idêntico, pois que também tiveram de se deparar com diversos obstáculos políticos e sociais para poderem continuar juntos. E tal como a lenda de Tristão e Isolda, também a lenda de Machim e de Ana de Arfet é devedora de uma génese não muito clara e que pontua pela divergência das suas fontes, ainda que a mesma surja referenciada em diferentes textos.
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Marco Livramento
(atualizado a 08.08.2016)